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A criança introvertida (Parte I)

Sou introvertida.

Sei disso desde a primeira vez que ouvi a palavra e compreendi imediatamente o que significava. Reservada, discreta, calma no meio de estranhos, que detesta conversa de circunstância, difícil de me dar a conhecer aos outros, circunspecta… É algo que não posso mudar, é assim que sou e aceito-me como sou.

Em vez de lutar contra a minha própria personalidade, aprendi ao longo dos anos que é esta é a matéria-prima de que é feita a minha alma. Está lá bem inculcada no meu âmago e é tão maravilhoso ser como sou.

Desde que fui mãe, percebi que a minha personalidade influencia a minha própria maternidade. Sou uma mãe sensível aos sons, preservo ao máximo o meu espaço e a minha privacidade, preciso de tempo para mim, sou mãe leoa e tenho tendência a proteger o meu filho da confusão e, por outro lado, respeito o espaço do meu filho, tenho facilmente consciência das suas emoções e necessidades e tento promover ao máximo as suas escolhas e deixá-lo brincar livremente.

Quando temos um filho cuja personalidade é inversa à nossa, pode parecer-nos mais difícil compreendê-lo. Continuar a ler